segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O Relógio

Sempre no mesmo lugar,
Tictacteando sem parar,
Contanto as horas ele segue,
Por dias, meses e anos.
Para muitos um simples objeto,
Para outros um grande inimigo,
Transformando cada instante,
Em uma corrida constante,
A longa corrida contra o tempo,
Para aqueles que não podem se atrasar,
Mas que por algum descuido;
Não o colocaram pra despertar.
Na caminhada do tempo,
Alguns minutos teremos que adiantar,
Para nos períodos vagos,
Bons momentos não desperdiçar.
Refletindo nos segundos,
Vamos todos parar pra pensar,
Tempo todos temos,
Só não sabemos aproveitar.

(Texto: Cíntia Cristina)



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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O Barquinho de papel !

Feito de jornal, comprado nas manhãs de domingo.
Dobrava e desdobrava... muitas vezes não dava em nada.
Montado pelas mãos sujas e calejadas de um senhor com mais de 60 anos, alcoólatra, há anos se entregou a bebida, e com ela ficou até a morte.
Enchiámos o tanque, ele era o nosso mar... O pequeno barquinho de papel era o nosso navio... Nós os comandantes.
Um barquinho que muitas vezes virava chapéu... e dali então o seu destino mais injusto, o LIXO.
Na memória as lembranças de uma vida vazia, deixada para trás e, daquele barquinho de papel que fazia a nossa alegria.
Hoje não me lembro mais como montar um barquinho de papel;
Hoje não tenho tempo e nem idade para encher um tanque e voltar a ser criança;
Mas hoje, guardo em minha memória todos aqueles momentos, que se foram e jamais vão voltar.
Naquele tempo o barquinho de papel foi a nossa maior construção, hoje ele não existe mais, se foi junto com o seu grande construtor.

(Texto feito em memória ao meu avô Wilson, que faleceu em 2003).

(Texto: Cíntia Cristina)

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